22 de fevereiro de 2012

Café Jacu Bird produzido no Brasil através dos resíduos do pássaro Jacu, se destaque na França


  

A Indonésia produz o café mais caro do mundo a partir dos grãos digeridos pelo luwak (animal parecido com o nosso gambá), mas o Brasil também tem seu representante exótico nesta área. O jacu, um pássaro abundante nas regiões com Mata Atlântica, se alimenta dos frutos do pé de café. E é a partir de suas fezes que a fazenda capixaba Camocim Organics criou o Jacu Bird Coffee, exportado para vários países do mundo.
E durante o Euro Gusto de 2010, o café Jacu Bird, foi um dos grandes destaques no estande do barista e torrefador francês Hyppolyte Courty, da cafeteria parisiense L’Abre à Café.
Organizado pelo Slow Food em Tours, o Euro Gusto reúne a cada dois anos produtores orgânicos e biodinâmicos em torno de ingredientes, cujos métodos de preparo, cultivo e fabricação artesanais agregam valor aos produtos expostos.
O café Jacu Bird é um exemplo interessante de como transformar em negócio lucrativo o que antes representava um grande prejuízo.
Em 2006, com parte de sua plantação invadida por jacus, pássaros de paladar refinado com apetite para as melhores cerejas de café, o cafeicultor Henrique Sloper de Araújo se inspirou no Kopi Luwak, o café mais caro do mundo, para criar pequenos lotes de um café especial.
O Kopi Luwak é produzido a partir do fruto do café ingerido pela civeta, mamífero comum na Indonésia. A civeta come as cerejas maduras de café, mas descarta os grãos intactos. Eles são recolhidos para serem higienizados e torrados. Sloper usou processo semelhante: recolheu o descarte dos jacus, beneficiou os grãos e experimentou o café. O resultado surpreendeu pela qualidade e o café produzido em “sociedade” com o jacu virou a estrela da fazenda.
Um de seus compradores é o barista Hippolyte Courty, da cafeteria L’Arbre à Café. Assim que soube do café Jacu Bird, ele visitou a fazenda no Espírito Santo para comprar os grãos diretamente do produtor. Para Courty uma das vantagens do Direct Trade é poder negociar exatamente o tipo de produto e a quantidade desejada.
“Negociar diretamente com o cafeicultor me ajuda a ter um entendimento maior sobre café. Estabelecemos uma relação de confiança com produtores na América Latina, Ásia e África. Por conta dessa relação podemos oferecer aos clientes cafés exclusivos, microlotes raros e variedades diferentes”, diz.
Do Brasil, a L’Arbre à Café compra dois tipos de grãos da fazenda Camocim: o Iapar Rouge Brésil e o Jacu Bird. Courty viaja regularmente ao País e espera encontrar outros produtores interessantes em suas viagens.



Fonte: O Estado, por Cíntia Bertolino.
Clica aí: http://www.cafefacil.com.br/blog/cafe-jacu-bird-do-brasil-destaque-na-franca/

E você vai experimentar????

Aqui em Florianópolis você pode tomar uma xícara do Café Jacu Bird na La Padá, que já falamos aqui no blog (clique aqui) ou também na Empório Sweet Home que fica na Rua São Jorge, n. 160, Centro.

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