O ano de 2011 foi de reflexão para a subsidiária brasileira da Starbucks. A corporação empreendeu uma expansão discreta, com a
abertura de oito novas lojas em 2011, para um total de 32 cafeterias.
Para este ano, no entanto, as metas da gigante americana para o País são
bem mais ambiciosas: a ordem é dobrar a operação local, que chegará a
64 unidades até o fim de 2012.
A decisão de dar o necessário empurrão à filial
brasileira - que ainda é semelhante à argentina em número de lojas -
veio por duas razões: o apetite do CEO mundial Howard Schultz em abrir
novas frentes de crescimento e a falta de uma concorrência forte no
mercado de cafeterias no País. "Houve um período de reorganização
interna para garantir o crescimento de maneira rápida e sólida", afirma o
diretor-geral da Starbucks Brasil, Ricardo Carvalheira.
A oportunidade para o grupo americano foi criada
principalmente pela dificuldade das cafeterias nacionais de financiar a
própria expansão, na avaliação de Alexandre Adoglio, fundador da rede
Cafeera, que chegou a ter quatro lojas e foi comprada pela Ipanema
Coffees - a empresa, sob a gestão da Gávea, foi obrigada a encerrar a
atividade de varejo ao virar fornecedora da Starbucks no mercado
nacional, em 2006. "A expansão no mercado nacional depende de fôlego
para investir,
que é justamente o que a Starbucks tem", diz Adoglio, que saiu do setor
e hoje comanda uma empresa de negócios pontocom, a Tigital.
A capacidade financeira para crescer rapidamente é um dos trunfos da
Starbucks, grupo que faturou US$ 11,7 bilhões isso mesmo BI no ano fiscal de 2011 e
tem US$ 2 bilhões disponíveis em caixa para investir no curto prazo -
dinheiro suficiente para abrir mais de mil novas lojas no mundo.
São cifras com as quais as redes de cafeteria nacionais não
podem concorrer. Dentro do nicho específico da Starbucks - lojas amplas,
em que o cliente pode tomar um café enquanto lê uma revista ou navega
na internet sem fio -, a maior parte da concorrência local é formada por
operações de pequeno porte, como a Suplicy e a Santo Grão. "Não há
nenhuma grande rede de cafeteria no Brasil. E a Starbucks tem uma marca
boa o suficiente para ocupar esse espaço", diz o consultor Marcelo
Cherto, especializado em franquias.
O Fran's Café é a única empresa do ramo com número relevante de lojas, com 130 unidades, no modelo de franquia e com faturamento anual de
aproximadamente R$ 100 milhões. "Acho que o Fran's Café perdeu uma
oportunidade de dominar o mercado. As lojas envelheceram e ficaram mal
cuidadas", diz um consultor ouvido pelo Estado que prefere não ser
identificado.
O fundador da rede, Francisco Conte, admite dificuldades
administrativas nos últimos anos. Ele e seus dois sócios repassaram 20%
do negócio e a administração da empresa para uma consultoria. Depois de
acompanhar a deterioração dos resultados, decidiram recomprar a
participação cedida. Foi nesse intervalo que a expansão ficou
comprometida. Conte espera recuperar parte do tempo perdido com a
abertura de pelo menos 30 lojas ainda este ano. "Já tenho 15 unidades em
obras", adianta. Conte enfrenta dificuldades, porém, para a reforma das
lojas, cuja renovação depende da boa vontade dos franqueados. "O
investimento fica próximo de R$ 100 mil."
A Starbucks também tem a seu favor as estatísticas relativas
ao forte aumento do consumo de café fora de casa. A categoria, que
inclui o cafezinho tomado em escritórios, restaurantes, padarias,
cafeterias e redes de food service, cresce pelo menos três vezes acima
da média do mercado e ajuda a aumentar o consumo per capita no País, que
está em 79 litros de café por ano, segundo a Associação Brasileira da
Indústria de Café (Abic). O patamar está próximo ao de países de clima
frio como Estados Unidos, Alemanha e França. Em números absolutos, o
Brasil é o segundo maior consumidor de café do mundo, atrás apenas do
mercado americano.
Além disso, a Starbucks preocupou-se em se adaptar à realidade brasileira. Aqui no Brasil a operação já nasceu vendendo pão de queijo, incluiu brigadeiro ao cardápio e agora começou a vender coxinhas e empadinhas Apesar de representar um salto de 100% em número de cafeterias, a subsidiária brasileira ainda será insignificante quando se considera o porte da Starbucks, que tem quase 11 mil lojas apenas nos Estados Unidos. No universo da rede, o Brasil assumirá até o fim do ano uma distante segunda colocação na América Latina, atrás do México (veja quadro ao lado). O valor aplicado no País, considerado o custo médio de R$ 500 mil a R$ 1,5 milhão por loja, ficará ao redor de R$ 30 milhões, valor irrisório diante do investimento total do grupo.
Já pensou quando tiver aqui em Floripa ??? Vou ficar totalmente ''american way of life''. rsrsrs
Fonte: O Estado de S. Paulo, por Fernando Scheller.
Quero muito!
ResponderExcluirEu também !!! rsrs
ResponderExcluirVivian...agora que vi que uma das blogueiras do Café das Quatro é você!!!
ResponderExcluirLembra de mim? Da vara do Júri?
Como vc tá mulher? Saudades!
Muito bom saber que temos "afinidades gastronômicas"
Beijinhos,
Aline
Claro que me lembro Aline!
ResponderExcluirBom saber dessa nossa afinidade mesmo!!!
To bem, advogando e blogando! kkk
E vc?
Beijoca
Então...to trabalhando e na faculdade..me formo no meio do ano que vem...
ResponderExcluirQue bom te encontrar por aqui!
Beijos
Aline