1 de março de 2012

Starbucks Brasil pretende abrir 64 unidades até o fim de 2012




O ano de 2011 foi de reflexão para a subsidiária brasileira da Starbucks. A corporação empreendeu uma expansão discreta, com a abertura de oito novas lojas em 2011, para um total de 32 cafeterias. Para este ano, no entanto, as metas da gigante americana para o País são bem mais ambiciosas: a ordem é dobrar a operação local, que chegará a 64 unidades até o fim de 2012.

A decisão de dar o necessário empurrão à filial brasileira - que ainda é semelhante à argentina em número de lojas - veio por duas razões: o apetite do CEO mundial Howard Schultz em abrir novas frentes de crescimento e a falta de uma concorrência forte no mercado de cafeterias no País. "Houve um período de reorganização interna para garantir o crescimento de maneira rápida e sólida", afirma o diretor-geral da Starbucks Brasil, Ricardo Carvalheira.

A oportunidade para o grupo americano foi criada principalmente pela dificuldade das cafeterias nacionais de financiar a própria expansão, na avaliação de Alexandre Adoglio, fundador da rede Cafeera, que chegou a ter quatro lojas e foi comprada pela Ipanema Coffees - a empresa, sob a gestão da Gávea, foi obrigada a encerrar a atividade de varejo ao virar fornecedora da Starbucks no mercado nacional, em 2006. "A expansão no mercado nacional depende de fôlego para investir, que é justamente o que a Starbucks tem", diz Adoglio, que saiu do setor e hoje comanda uma empresa de negócios pontocom, a Tigital.

A capacidade financeira para crescer rapidamente é um dos trunfos da Starbucks, grupo que faturou US$ 11,7 bilhões isso mesmo BI no ano fiscal de 2011 e tem US$ 2 bilhões disponíveis em caixa para investir no curto prazo - dinheiro suficiente para abrir mais de mil novas lojas no mundo.

São cifras com as quais as redes de cafeteria nacionais não podem concorrer. Dentro do nicho específico da Starbucks - lojas amplas, em que o cliente pode tomar um café enquanto lê uma revista ou navega na internet sem fio -, a maior parte da concorrência local é formada por operações de pequeno porte, como a Suplicy e a Santo Grão. "Não há nenhuma grande rede de cafeteria no Brasil. E a Starbucks tem uma marca boa o suficiente para ocupar esse espaço", diz o consultor Marcelo Cherto, especializado em franquias.
O Fran's Café é a única empresa do ramo com número relevante de lojas, com 130 unidades, no modelo de franquia e com faturamento anual de aproximadamente R$ 100 milhões. "Acho que o Fran's Café perdeu uma oportunidade de dominar o mercado. As lojas envelheceram e ficaram mal cuidadas", diz um consultor ouvido pelo Estado que prefere não ser identificado.
O fundador da rede, Francisco Conte, admite dificuldades administrativas nos últimos anos. Ele e seus dois sócios repassaram 20% do negócio e a administração da empresa para uma consultoria. Depois de acompanhar a deterioração dos resultados, decidiram recomprar a participação cedida. Foi nesse intervalo que a expansão ficou comprometida. Conte espera recuperar parte do tempo perdido com a abertura de pelo menos 30 lojas ainda este ano. "Já tenho 15 unidades em obras", adianta. Conte enfrenta dificuldades, porém, para a reforma das lojas, cuja renovação depende da boa vontade dos franqueados. "O investimento fica próximo de R$ 100 mil."
 A Starbucks também tem a seu favor as estatísticas relativas ao forte aumento do consumo de café fora de casa. A categoria, que inclui o cafezinho tomado em escritórios, restaurantes, padarias, cafeterias e redes de food service, cresce pelo menos três vezes acima da média do mercado e ajuda a aumentar o consumo per capita no País, que está em 79 litros de café por ano, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). O patamar está próximo ao de países de clima frio como Estados Unidos, Alemanha e França. Em números absolutos, o Brasil é o segundo maior consumidor de café do mundo, atrás apenas do mercado americano.
Além disso, a Starbucks preocupou-se em se adaptar à realidade brasileira. Aqui no Brasil a operação já nasceu vendendo pão de queijo, incluiu brigadeiro ao cardápio e agora começou a vender coxinhas e empadinhas não precisava tanto. 

Apesar de representar um salto de 100% em número de cafeterias, a subsidiária brasileira ainda será insignificante quando se considera o porte da Starbucks, que tem quase 11 mil lojas apenas nos Estados Unidos. No universo da rede, o Brasil assumirá até o fim do ano uma distante segunda colocação na América Latina, atrás do México (veja quadro ao lado). O valor aplicado no País, considerado o custo médio de R$ 500 mil a R$ 1,5 milhão por loja, ficará ao redor de R$ 30 milhões, valor irrisório diante do investimento total do grupo. 


Já pensou quando tiver aqui em Floripa ??? Vou ficar totalmente ''american way of life''. rsrsrs 

Fonte: O Estado de S. Paulo, por Fernando Scheller.

5 comentários:

  1. Vivian...agora que vi que uma das blogueiras do Café das Quatro é você!!!

    Lembra de mim? Da vara do Júri?


    Como vc tá mulher? Saudades!

    Muito bom saber que temos "afinidades gastronômicas"

    Beijinhos,

    Aline

    ResponderExcluir
  2. Claro que me lembro Aline!

    Bom saber dessa nossa afinidade mesmo!!!

    To bem, advogando e blogando! kkk

    E vc?

    Beijoca

    ResponderExcluir
  3. Então...to trabalhando e na faculdade..me formo no meio do ano que vem...

    Que bom te encontrar por aqui!


    Beijos

    Aline

    ResponderExcluir

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...